Som é toda vibração percebida pelo ouvido
humano. Mas para compreendermos melhor esta definição, será necessário conhecer
alguns conceitos físicos envolvidos neste tema.
Quando puxamos uma corda do
violão, por exemplo, esta corda possui a tendência de voltar à posição original
assim que for solta. No entanto, devido à tensão exercida, ela fará um
movimento de “vai-e-vem” repetidas vezes, diminuindo gradativamente esta
tensão, até que a corda finalmente repouse no ponto de origem. Esse movimento que
a corda faz é chamado de VIBRAÇÃO.
Estas vibrações
são transmitidas pelo ar, sob a forma de ondas
sonoras, e a sensação que elas produzem quando chegam em nossos ouvidos
chama-se SOM.
A quantidade de vibrações realizadas é que
diferencia um som do outro. A esse fenômeno chamamos FREQUÊNCIA, que é a
quantidade de vibração em um determinado espaço de tempo.
Na
ciência da Música, a frequência é a medida da quantidade de vibrações
realizadas em um segundo – esta medida é feita em hertz (Hz).
Utilizando o mesmo exemplo
anterior, se aquela corda do violão produzir 256 vibrações por segundo
estaremos ouvindo a nota Dó, e
poderemos afirmar que este som tem 256 Hz.
As notas musicais têm sempre
a mesma frequência, independente de qual seja o instrumento que a produza.
Sendo assim, este mesmo Dó poderá ser
produzido por um saxofone, uma flauta, uma tuba e todos sempre terão a
frequência de 256 Hz.
Outro exemplo comum é a nota
de afinação executada nos serviços cultos ou ensaios de orquestra, que utiliza por
base o som do diapasão – um pequeno
instrumento que produz sempre a nota Lá
de 440 Hz. Neste momento todos os instrumentos produzem a mesma nota.
Dizemos que quanto maior a
frequência, mais agudo é o som, em outras palavras, quanto mais vibrações forem
realizadas a cada segundo, mais alto será o som produzido.
Contudo,
o som é dividido em dois grandes grupos: os SONS MUSICAIS e os SONS NÃO
MUSICAIS.
O
Som Musical é sempre uniforme, obedece uma ordem e é resultante de vibrações sonoras regulares. Com isso, é
possível grafá-lo musicalmente para que possa ser reproduzido e transformado em
música.
Já
o Som Não Musical é um ruído, algo sem harmonia, resultado de vibrações sonoras irregulares como, por
exemplo, o barulho do motor de um veículo, o som de um fenômeno da natureza, um
simples estalar de dedos, etc. Esse tipo de som não permite ser grafado
musicalmente.
A
ilustração a seguir demonstra esta diferença em termos gráficos.
Propriedades
do Som
No
discurso musical, o som é caracterizado por quatro propriedades elementares:
I. ALTURA – consiste em seu grau de elevação,
que parte do grave e vai até o agudo, variando de acordo com a quantidade de
vibrações por segundo. As faixas de vibração são chamadas de regiões grave,
média ou aguda.
Quanto maior o corpo do instrumento, mais
grave tende a ser sua região (compare, por exemplo, o tamanho de uma tuba com o
de um trompete ou de um violoncelo com o de um violino). De acordo com a
região, nós classificamos as vozes humanas e os modelos dos instrumentos em soprano, contralto, tenor e baixo.
II. DURAÇÃO – é o tempo durante o qual o som
se prolonga, resultando na diferença entre os sons curtos e os longos. A voz
humana e os instrumentos de percussão são exemplos de duração limitada. Ao
contrário de um órgão eletrônico, que pode executar uma nota com duração
ilimitada.
III. INTENSIDADE – consiste em seu grau de
força, que pode ser um som fraco ou um som forte. Geralmente, na linguagem
cotidiana, costumamos chamar o som de “alto” ou “baixo”, quando, na verdade,
deveríamos chamá-lo de “som forte ou fraco”.
Enquanto a altura depende da quantidade de vibrações, a intensidade depende da força das vibrações, chamada amplitude sonora.
Enquanto a altura depende da quantidade de vibrações, a intensidade depende da força das vibrações, chamada amplitude sonora.
IV. TIMBRE – é a característica própria que
cada som possui, permitindo distingui-lo quando produzido pelos diversos
instrumentos ou vozes.
As diferentes fontes sonoras conseguidas pelo
homem originaram as famílias de instrumento que conhecemos atualmente. O timbre
particulariza e diferencia o som produzido pelas vozes das pessoas em geral,
bem como pelos instrumentos musicais.
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