06. COMPASSO



            Simplificadamente, o compasso é definido como um agrupamento ordenado de figuras musicais que se repetem de maneira regular no decorrer do discurso musical. Em outras palavras, seria como dividir uma música em vários “pedacinhos” com valores iguais.



BARRA DE COMPASSO

            Como já vimos anteriormente, a música possui uma linguagem única, a qual é representada por símbolos denominados figuras musicais. E estas figuras são dispostas graficamente em uma pauta.
            No entanto, para podermos realizar uma leitura compreensível de determinada música, necessitamos de algum recurso que possa ordenar as figuras musicais de maneira organizada e é exatamente para isto que utilizamos os compassos.

            Os compassos são divididos por barras perpendiculares às linhas da pauta, ou seja, por linhas dispostas verticalmente ao longo do trecho musical, dividindo a música em “pequenos grupinhos de figuras” como ilustrado na imagem a seguir.
 

Na música contemporânea são comumente empregadas 4 tipos de barras, como veremos a seguir:

Barra Simples – Utilizada para separar cada compasso de uma música

 


Barra Dupla – Utilizada para indicar a separação de um trecho ou de uma seção.


 


Barra Final – Utilizada para indicar o fim de uma música ou de um trecho musical.


 
 

Barra de Repetição – Utilizada para indicar que determinado trecho deverá ser executado novamente. Também recebe o nome de Ritornello.


 

 

TEMPO

            Quando precisamos mensurar alguma coisa, se faz necessário utilizarmos uma unidade. Por exemplo, quando subimos em uma balança, nosso “peso” é dado em quilograma; para nos referirmos à nossa altura, habitualmente utilizamos o metro; para saber a distância que percorremos em uma estrada utilizamos o quilômetro. Enfim, para cada medida existe uma referência e na música não é diferente.


 


O Tempo, também conhecido como Pulso, é a unidade de medida da música, o qual pode ser definido como um valor determinado na duração do som ou do silêncio.
            O tempo pode ser agrupado de diferentes maneiras, no entanto, ao se determinar este agrupamento, ele irá se repetir regularmente durante o discurso musical.
Quem vai organizar os tempos serão os compassos, que poderão se agrupar dos seguintes modos, constituindo unidades métricas:
    Binário (cada compasso possui 2 tempos)
    Ternário (cada compasso possui 3 tempos)
    Quaternário (cada compasso possui 4 tempos)
    Quinário (cada compasso possui 5 tempos)
    Setenário (cada compasso possui 7 tempos)

 

Unidade de Tempo e de Compasso
            ♫    A unidade de tempo (que costumamos abreviar como U.T.) é a figura que preenche 1 (um) tempo dentro do compasso;
      ♫  A unidade de compasso (que costumamos abreviar como U.C.) é a figura que preenche todo o compasso ou, em outras palavras, é a soma de todas as unidades de tempo do compasso.



FÓRMULA DE COMPASSO

            Na notação musical existem certos padrões a serem obedecidos. Logo no início da pauta (ou pentagrama se preferirem) encontramos informações importantíssimas para a execução daquela composição.
Primeiramente observamos o símbolo da clave, que já estudamos anteriormente; em seguida percebemos outros símbolos denominados “sinais de alteração”, que estudaremos mais adiante; e, logo após estes, encontramos alguns números em forma de frações, os quais são conhecidos como Fórmula de Compasso.
Esta sequência é um padrão, uma convenção musical, logo não pode ser alterada. Vamos exemplificar este conjunto de simbologia detalhadamente na imagem a seguir:

 



Nestas frações, cada número deve ser analisado separadamente:

    O numerador (número de cima) – Indica a quantidade de tempos que cada compasso irá possuir;
    O denominador (número de baixo) – Indica o número correspondente à figura que representa a unidade de tempo. E para encontrar esta correspondência utilizamos aquele quadro demonstrado no capítulo anterior que trata da “divisão proporcional dos valores”.




A tabela a seguir é pouco mais simplificada e se torna bastante objetiva na análise das fórmulas de compasso.

 



 
  

            Então, na prática, a fórmula de compasso é lida como a quantidade de determinada figura que será compreendida em cada compasso.
            Exemplificando:
  
     (Se lê “três por quatro”)
 
Sabemos que 3 (número de cima) é a quantidade de figuras e, consultando a tabela anterior, temos que 4 (número de baixo) é o número que representa a figura da semínima. Portanto, três por quatro nada mais é do que três semínimas em cada compasso, ou seja, neste exemplo, em cada compasso teremos sempre o equivalente a três semínimas.

            É bastante comum substituir a fração que representa a fórmula de compasso por símbolos. A seguir demonstraremos os dois mais comuns:

 
(Devemos ler “quatro por quatro”, que pode ser representado pela letra C)

 

(Devemos Ler “dois por dois”, que pode ser representado pela letra C com uma linha vertical transposta, ou habitualmente chamado de “C cortado”)







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