17. TOM E SEMITOM



          Como nosso trabalho aqui tem por objetivo descomplicar a teoria que envolve a música, tentamos expor os temas o mais simplificadamente possível. Então, de maneira bastante objetiva, podemos dizer que SEMITOM é o menor intervalo existente entre dois sons que nosso ouvido é capaz de perceber e classificar.

        O TOM, por sua vez, também é um intervalo entra dois sons, no entanto ele é formado por dois (2) semitons, ou em outras palavras, um tom é a soma de dois semitons.


FORMAÇÃO DO TOM

Existem duas classes de Semitons:

SEMITOM CROMÁTICO – Formado por duas notas de nomes iguais e com sons diferentes (entoação distinta)

 
 


SEMITOM DIATÔNICO – Formado por duas notas de nomes e sons diferentes







        Outro detalhe importante é que na formação do tom, sempre um dos semitons será cromático e o outro será diatônico. Podemos confirmar isto no exemplo abaixo:






         Como já comentado, o semitom é o menor intervalo entre dois sons possível de perceber com nossos ouvidos, todavia, teoricamente sabemos que ainda existem partes menores.
      Com base em cálculos matemáticos e por meio de aparelhos de acústica os físicos conseguiram provar que o TOM na verdade se divide em nove pequenas partes. Estes pequenos pedacinhos do som são denominados COMAS.
E esta teoria ainda vai além, pois foi descoberto que existe uma diferença de uma coma entre o semitom cromático e o diatônico.

      Isto, no entanto, acabou gerando certa discordância durante algum tempo, pois os músicos e os físicos possuíam ideias diferentes no que diz respeito à quantidade de comas contidas em cada semitom. Vejamos a ilustração abaixo para entendermos melhor:



           Então, para extinguir esta pequena diferença, foi estabelecido um sistema que iguala os dois semitons em partes perfeitamente idênticas sem que haja qualquer deformação no som, ou seja, tanto o semitom cromático quanto o diatônico passaram a possuir 4½ Comas.

 


      Este princípio foi denominado Sistema Temperado, nome que deu origem à classificação dos instrumentos temperados, como por exemplo o piano, em que é possível executar certos bemóis e sustenidos utilizando a mesma tecla sem que haja prejuízo algum no som.

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